sábado, 28 de fevereiro de 2009

R-ó-t-u-l-o.

Quero crescer. Porque...? Porque sim. Isso não é resposta. Sempre me responderam isto. (...) Quero ser capaz de perceber as coisas. Para quê? Porque é que respondes sempre com uma pergunta? Porque é que nunca tens respostas? Sou criança. E depois? (...) Qual é a cor do céu? Agora estás-me a ofender, não sou estúpida. Disseste que não sabias as respostas às minhas perguntas porque eras criança. (...) Estás a ser infantil. Sou criança, já disse. Qual é a necessidade de enfiares um rótulo na barriga como forma de justificar todas as tuas acções? Sei lá. Ora bolas, para rótulo já tens o nome, não precisas de acrescentar a percentagem dos ingredientes que fazem mal a quem te consome! Faço-te mal? Enervas-me. Porquê? Porque tens a mania que ser feliz é ser criança, quando agora mais pareces uma criança infeliz. Isso não faz sentido. Tu não fazes sentido. Porquê? Porque ninguém se define por uma palavra. Então por quantas? És criança, não sabes contar até um número tão elevado. Não sou estúpida. Pareces. Parva. As crianças são verdadeiras, estás a fingir o que não és com que intuito? O de não querer ter conversas sérias. Então pára de procurar, estás a tê-las constantemente na tua cabeça.


Ao miúdo que me faz querer não ser criança.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

(sem título)

Eles mentiram-me. Não que o tenha levado a peito, simplesmente não gosto que me mintam, mesmo quando os motivos possam ser os mais nobres, a mentira o mais piedosa. Dá sempre confusão. Ás vezes, a grande maioria, apetece-me atirar o coração pela janela e pensar pelo cérebro, que me faz correr as emoções pelo corpo

O egoismo faz parte do ser humano, somos egoistas até connosco, e nós é que importamos. Porquê não se-lo com os outros? Oh, o altruismo, agora, não é uma qualidade, perdeu-se assim como a honra e o respeito. Tempos que lá vão, palavras cujo significado só existe no dicionário.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Ao Coração que trago e que não é meu.

As pessoas são mais do que palavras que usamos para lhes dizer a forma como as sentimos. As pessoas são mais que um gesto ou uma acção. As pessoas são mais que a roupa que trazem no corpo. Nós, As Pessoas, somos tudo o que gostamos ou não tanto assim. Preto e Branco.
Há o vermelho, que nos corre nas artérias.

O meu coração tem 2 sopros, o sangue é ignorante e não sabe o caminho. Vem, volta. Volta, e vem.

Eu sou uma pessoa. Sou mais que palavras mas sou ignorante como o sangue que trago no corpo, que esqueceu o caminho que percorreu e ignora o caminho que irá percorrer. Mas eu sou mais que palavras, então sou mais que ignorante.
Sou um dicionário e um pouco mais. O meu corpo só tem um sentido, e as pessoas nem sempre andam para a frente.



Ao Coração que trago e que não é meu.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

por favor?

Não posso. Está bem, não podes. Vá lá, já te disse que não posso mesmo, se pudesse seria diferente. Mas não podes.
Não repitas essa frase outra vez, dá-me vontade de arrancar os olhos só por quererem chorar, detesto quando tem manias e vontades próprias, detesto que vivam para além de mim. Não os olhos. Os outros. E pensas que voltou atrás a pedir desculpa? Não, não iria mudar a vida dele mais um bocadinho por me ver a fazer birra, ou a tentar prender um berro que me sobe devagar na garganta. Não posso, disse Ele. E eu que aceite, que me conforme e que espere que o tempo passe por mim, que eu perca os dias que correm no calendário do ano passado que já acabou. Mas se não podes, porque é que insistes em dizer que podes vir? Era mais fácil quando não tentavas mentir e fingir uma surpresa, e sim, não te espero mas sei que não vou dormir porque quero estar pronta quando tocares a campainha, mas não podes. E não podes mesmo, e mesmo que eu quisesse que pudesses, tu não podes. Merda. E desculpa os palavrões, a arrogância e a idiotice a que chamamos, comummente, ciúmes. Devias poder. E agora? Que faço eu até ser o tempo de voltar á vida que deixei pendura numa terra que não gosto nem é minha? Devias estar aqui para aturar as neuras. Mas não quero que o faças, não tens de o fazer e se calhar até podes, mas eu não quero. Já que não posso mandar no que não podes, ao menos que mande no que não posso.