sábado, 28 de fevereiro de 2009

R-ó-t-u-l-o.

Quero crescer. Porque...? Porque sim. Isso não é resposta. Sempre me responderam isto. (...) Quero ser capaz de perceber as coisas. Para quê? Porque é que respondes sempre com uma pergunta? Porque é que nunca tens respostas? Sou criança. E depois? (...) Qual é a cor do céu? Agora estás-me a ofender, não sou estúpida. Disseste que não sabias as respostas às minhas perguntas porque eras criança. (...) Estás a ser infantil. Sou criança, já disse. Qual é a necessidade de enfiares um rótulo na barriga como forma de justificar todas as tuas acções? Sei lá. Ora bolas, para rótulo já tens o nome, não precisas de acrescentar a percentagem dos ingredientes que fazem mal a quem te consome! Faço-te mal? Enervas-me. Porquê? Porque tens a mania que ser feliz é ser criança, quando agora mais pareces uma criança infeliz. Isso não faz sentido. Tu não fazes sentido. Porquê? Porque ninguém se define por uma palavra. Então por quantas? És criança, não sabes contar até um número tão elevado. Não sou estúpida. Pareces. Parva. As crianças são verdadeiras, estás a fingir o que não és com que intuito? O de não querer ter conversas sérias. Então pára de procurar, estás a tê-las constantemente na tua cabeça.


Ao miúdo que me faz querer não ser criança.

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